Deixo cravos de Abril, mesmo do próprio 25 de Abril.
Orquídeas que duram e duram,
à janela da gente amável.
Até já.
"To be or not to be" this is still my question
Deixo cravos de Abril, mesmo do próprio 25 de Abril.
Orquídeas que duram e duram,
Até já.
E no "Abril, águas mil" que se verificou este ano a sério, faltam as restantes escolhas para o PPP, as que foram publicadas e as inúmeras outras encontradas.
Dia 10 – Luz vs Sombra
Acho que esta foto não precisa de descrição: na velha quinta, transformada em parque, este lugar entre pedras-sombra e verdes-sol.
Dia 17 – Profano vs Sagrado
Numa visita a uma exposição de santos e presépios, dos mais variados feitios e materiais, reparei neste santo-feito-candeeiro. Não descobriria se não tivesse lido a placa: S. Francisco, protector dos animais. Fui investigar e trata-se de S. Francisco de Assis que deve ter sido o primeiro “ecologista” e “greenpeace” de que há memória. Isto esquecendo a Eva que, pelo que é conhecido, tinha uma atitude mais biológica, ao comer e partilhar maçãs. Diria a propósito “para mal dos nossos pecados”!
Mais um aspecto do sagrado do hábito das freiras ao lado do profano de quem passa:
Dia 24 – Antes vs Depois
A Mesquita-Catedral de Córdoba: uma obra absolutamente fascinante, com 13 séculos de História nos seus pergaminhos. Com efeito, foi templo de Visigodos, Muçulmanos e, finalmente, Cristãos. Andando por ela, nos magníficos claustros onde convivem arcos mouriscos e altares cristãos, é de uma grandeza e elegância difíceis de descrever. Infelizmente, as fotografias que tenho lembram-me que havia uma excursão de nipónicos por tudo o que era sítio: daí ter poucas imagens de conjunto, pois tinha de virar a máquina para o tecto ou para pormenores onde não estivessem pessoas. Aqui estão aspectos do interior onde se percebe esse “antes e depois” que tanto me fascinou. Uma lição do passado sobre uma comunidade inclusiva.
É claro, que de um lugar tão belo tirei muitas mais fotografias que aqui não caberiam...mas apetecem-me algumas mais:
De muitos "antes versus depois" apareceram-me tantas sugestões, além da Mesquita de Córdoba!
Esta, por exemplo, é uma vista dos anos 80 que já não existe, foi-se a poesia e harmonia de uma pequena aldeia piscatória. Passei lá há poucos anos, num acaso, e não consegui tirar uma fotografia. Fiquei tão desolada com a azáfama das ruas e casas, e condomínios, e proibições, que só quis por-me dali para fora...
Passando para Mértola:
Eu, que nestes passos, aqui e ali, fico fascinada com a História dos tempos idos, com as vidas vividas, com os hábitos e transformações, sempre encontro algo para aprender.
Quando alguém próximo me fala que está, foi ou vai... ou dou de caras com os parques, as casas, as ruas, os museus, quer seja no facecoiso ou nas séries da tv, arrastam-se as memórias. Neste caso, Covent Garden.
Fez ontem 10 anos que fomos para Londres uns dias, mais uma madrugada no aeroporto e as views from my window. Revendo, acho que parte de mim fica nestas coisas. (por isso, gostava de morrer de repente e sem memória). Para já, posso viajar no tempo que me sabe bem!
Há ali um canto à direita onde era a loja "Past Times" que eu visitava sempre, para comprar postais, cadernos, coisas de outros tempos que devem andar por aqui, gavetas e prateleiras; já não existe.
Acabo este lote recordado na esquina do pub antigo e famoso lá do sítio: The White Lion.
(A pensar que nesse dia se saiu do hotel às 10h da manhã (a.m.) e, passados parques, ruas, mercados, todos os Turners e outros na National Gallery, voltando a Picadilly Circus e Soho, se chegou depois das 10h da noite, ou seja 10.00 p.m.)
Hoje e sempre, apetece-me flores. Numa de lembranças, fui andando pela viagem à Holanda. Foi há tão pouco tempo: apenas em Abril de 2016... parece-me em outra vida, que esta agora é tão circundante, circulatória, tão diferente.
Numa excursão organizada, uma forma simples de ver "muito em pouco tempo": então, foram apenas 4 dias! Tão cheios de coisas diferentes e beleza que às vezes adormeço a ver, de memória, imagens destes lugares.
De madrugada, estávamos no aeroporto para apanhar o "táxi para Lisboa", chamar-lhe-ia "avioneta", uma palermice da 2ª cidade neste país centralista. Como gosto de observar coisas, deu para ver o sol a nascer... e 4 horas no aeroporto, a esperar ligação para Amsterdam. Desenham-se terra, céu e mar no meu mapa mental e isto diverte-me.
Ali acima, abaixo das nuvens, é certamente o enorme porto e o seu desenho: Roterdão
Um vislumbre dos campos de tulipas, já matizados de cores diferentes:
E depois, muitas coisas, gentes, ruas, museus, canais, e o belo parque de Keukenhoff, em Lisse, que visitamos num dos dias, felizmente à vontade, tendo apenas hora marcada para apanhar depois o nosso autocarro. Não há explicação possível para a admirável disposição e diversidade dos canteiros e maciços de flores e cores, principalmente tulipas, que existem naquele lugar. Essencialmente, foi pensado para acolher e mostrar as inúmeras espécies aos compradores de todo o mundo: a Holanda é um dos maiores exportadores destes bolbos. Diz-se que ali são plantados todos os anos cerca de 7 milhões! Na forma dos jardins ingleses - já por isso me atraía - quanto mais tendo sido parque de um castelo do séc. XVII. Então, não escrevo mais nada... olho e recordo
Foi necessário ver para acreditar!
Entretanto, por cá formava-se UMA FLOR, tenra e pequenina, de todos os cambiantes, como estas. Tudo isto está ligado na minha memória. O que faria se tivesse muito dinheiro? Um jardim com cores e uma convivência mais constante com a "minha flor" preferida, vendo-a desabrochar nos meses.